Nascido em Florianópolis, Fábio Della sempre teve o “modo inquieto” ligado

Vir a música mais do que escolha, destino mesmo. Não se acomodou: de Floripa ele já percorreu Curitiba e São Paulo, até “fazer base” em Belo Horizonte a partir de 2010 — BH virou lar, mas não freio.

Das bandas ao solo — evolução constante

Foi um dos fundadores da banda Aerocirco, banda essencial para o rock alternativo de Floripa, com álbuns que marcaram época: “Aerocirco” (2003), “O Som das Paredes” (2005), “Liquidificador” (2007) e “Invisivelmente” (2010). (Wikipedia)

De Aerocirco viveu os períodos dos projetos Della/Peixoto e Monocine — etapas distintas, estilos e companhias diferentes.

Solo: reinventar e revisitar com alma

Em 2018 lançou Re-Uni — coletânea em que revisita canções antigas (dos projetos anteriores) em roupagem folk e acústica. (Rifferama)

Em 2020 veio Re-Uni 2 — novo mergulho no repertório, com arranjos repensados, folk e country intimista, trazendo 13 faixas que navegam entre passado e presente. (Rifferama)

E mais recentemente, em 2022, lançou Minha Casa É Doce — primeiro disco solo de inéditas, com 10 músicas gravadas durante a pandemia, intimistas, “no colo” da quarentena. A sonoridade segue o pé no folk, mas mais crua, mais pessoal. (Rifferama)

Em 2025 ele revisitou “Minha Casa É Doce”: refez arranjos, repensou letras, gerou versões novas — resultando em singles como Normalissíssimo e Sujeito de Pouca Sorte, com influência latina, ska e experimentações sonoras. (Rifferama)

Produtor, estúdio e levantando vozes — além de fazer sua própria música

Em BH ele comanda o estúdio Dmob Music Studios — um espaço onde ele grava, produz, mixa e masteriza, não só seus próprios discos como dos outros. (Rifferama)

Por exemplo: produziu o single “Despertador” da banda Stella Folks, e foi peça chave no início da carreira deles — dividiu palco e fez produção num dos shows da banda. (Rifferama)

Ou seja: Della não é só artista solo — é catalisador de som, ajudando cenas a florescer.

Esse artista que não cansa — e segue se reinventando

A trajetória dele mostra — e já mostrou — versatilidade: do rock alternativo de Floripa, passando por folk, country, revisitações acústicas, até experimentações com ritmos latinos e ska.

Ele não teme revisitar o passado — pelo contrário: pega velhas composições, dá nova cara, joga luz diferente, mostra que cada música tem talvez várias vidas.

O Que Vem Agora?

Uma crônica musical para tempos de estranha normalidade

“Normalissíssimo” e “Sujeito de Pouca Sorte” são os dois singles que precedem o disco “Minha Casa É Doce (MCED). Ambos já estão disponíveis em todas as plataformas.

Entre os anos de 2019 e 2021, MCED foi completamente gravado, pronto para enfrentar o mundo. Mas eis que, quando tudo estava preparado para o lançamento, a pandemia — essa visitante indesejada que tão bem conhecemos — obrigou-o ao silêncio das gavetas. Não por capricho, mas por força daquela energia sombria que se apoderou de nós todos naqueles dias.

Entre 2024 e 2025, o mesmo trabalho ressurgiu das cinzas, totalmente regravado, carregando consigo não apenas as canções originais, mas toda a experiência de quem atravessou a tempestade. Nasceu assim uma dupla singular: MINHA CASA É DOCE 19-21 e MINHA CASA É DOCE 24-25 — mesmo repertório, visões diferentes de mundo, como se fossem o mesmo homem antes e depois de uma grande desilusão amorosa.

A Dupla Face de uma Casa Doce

MCED 24 25

MCED 19 21